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terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

LIOFILIZAÇÃO

É um processo de desidratação de produtos sob baixa pressão (vácuo) e baixas temperaturas.
A secagem ocorre através de SUBLIMAÇÃO da amostra congelada, sem ocorrer a perda das propriedades da amostra seca.
Necessita  ZONA DA TEMPERATURA DE SUBLIMAÇÃO abaixo do PONTO TRIPLO. 


SUBLIMAÇÃO: Passagem do estado sólido para o estado de vapor.

A água ou solução aquosa existente no produto deve estar na FASE SÓLIDA. A maioria dos liofilizadores trabalham com aproximadamente -10° ou pressão absoluta de aproximadamente 2 mmHg.

FUNCIONAMENTO:
- CONGELAMENTO - primeira etapa do processo. O desempenho do processo depende desse estágio. A característica de cada produto é decisiva para a qualidade da liofilização. A dependência do processo de liofilização com cristais de gelo formados durante o estágio de congelamento tem influência na consistência do produto final, cor e retenção de aroma.

COMPONENTES:
- Câmara à vácuo (aço inox)
- Condensador (aço inox)
- Bomba à vácuo

CUIDADOS:
- Compostos termolábeis (alteração de temperatura)
- Produtos hifroscópicos (absorvem umidade do ar)

USO:
- Indústrias farmacêuticas e alimentícias
- Estabilização de culturas microbianas
- Conservação de animais para exposições





CENTRÍFUGA

Equipamentos construídos de forma a colocar o recipiente contendo a amostra em movimento circular uniforme dotado de grande velocidade angular e raio apreciável.

CENTRIFUGAÇÃO
Processo separação em que um solução fluída é submetida a um centrifugador para promover separação dos componentes.
E ocorrerá:
- Sedimentação de sólidos em líquidos.
- Diferença de densidade (somente líquidos).

VANTAGENS:
Sedimentação, decantação. Sólidos, líquidos densidade diferentes.

TIPOS DE CENTRIFUGAÇÃO


SEPARAÇÃO DIFERENTES FASES:
Solução fase sólida + aquosa.
Ex.: Separação membranas celulares, de elementos figurados do sangue.


CENTRIFUGAÇÃO DIFERENCIAL:
Repetidas centrifugações, aumentando progressivamente a velocidade angular.
Ex.: Partículas mais densas sedimentam primeiro e posteriormente as de menor intensidade.


CENTRIFUGAÇÃO ISOPÍNICA OU DE EQUILÍBRIO
Separação macromoléculas através de gradiente de concentração.

SEPARAÇÃO POR GRADIENTE: Separação gradiente de tamanho, baseia-se no tamanho e massa da partícula para sedimentação. Ex.: separação de proteínas e anticorpos, possuem densidade similares, porém massas diferentes. A separação com base na massa separará as diferentes classes. A densidade da solução da amostra deve ser inferior à menor densidade do gradiente e a extensão do gradiente devem ser suficiente para ocorrer a separação e o tempo deve ser bem dimensionado, pois se for muito extenso, as partículas podem se acumular no fundo do tubo.

SEPARAÇÃO ISOPÍNICA: Uma partícula que possui uma determinada densidade e, que será submetida ao processo de centrifugação. A partícula irá estacionar em uma posição onde a densidade da solução em que se encontra é próxima à densidade da partícula. Uma vez estabelecida a sua posição, o tempo total de centrifugação não irá alterar a migração da partícula. Ex.: separação de ácidos nucléicos em um gradiente de cloreto de césio (CsCl). A densidade da partícula da amostra deve estar dentro dos limites das densidades de gradiente, o tempo deve ser suficiente para que as partículas se unam em seu ponto isopínico.


ULTRACENTRIFUGAÇÃO: Processo de centrifugação sob pressão, permitindo a separação de partículas de modo eficiente, utilizando-se de refrigeração e vácuo de forma a minimizar o atrito com o ar, maior velocidade 500.000g.

TIPOS DE ROTORES:

1-) DE ÂNGULO MÓVEL: Os tubos inseridos em rotores móveis, são mantidos na vertical enquanto o equipamento está em repouso. Ao girar, se posicionam horizontalmente, dependendo da rotação que é aplicada. Observar o tamanho do tubo para não bater e quebrar.

2-) DE ÂNGULO FIXO: Os tubos são posicionados em um ângulo definido. Ao iniciar a operação, o material se reorienta no interior do tubo, conforme a força centrífuga que é aplicada. Mais eficiente que a centrifugação vertical, pois o caminho percorrido pela partícula é menor, utilizada em laboratórios de biotecnologia para separação de bactérias e leveduras. Utiliza-se menor tempo e é eficiente para separação de sólidos floculentos ou finamente divididos. DESVANTAGEM: Em relação a centrifugação vertical é não conseguir realizar a análise de volume de sedimento.

3-) DE ÂNGULO VERTICAL: São adequados para separações isopínicas (de densidade). Ex.: Isolamento de DNA, RNA e lipoproteínas. Tubos graduados e é bastante utilizado para a determinação de volume de sedimentos. DESVANTAGEM: Ocorrência de sedimentação incompleta, pois a partícula tem que atravessar toda a coluna de líquido para chegar ao fundo do tubo. Para corrigir erros, utiliza-se uma rotação maior.





ADAPTADORES PARA CENTRÍFUGAS:





sábado, 18 de fevereiro de 2012

ALCOOLMETRIA

É a determinação do grau alcoólico das misturas água e álcool etílico.

ALCOOLMETRO CENTESIMAL

Se destina a determinação do grau alcoólico ou da força real das misturas de álcool e água, indicando somente a concentração em volume.
O instrumento que determina o grau alcoólico é o DENSÍMETRO, e indica, o volume do álcool etílico contido em 100 volumes de uma mistura feita exclusivamente álcool etílico e água.
As determinações do alcoômetro são exatas somente para misturas à temperatura de 20°C na qual o instrumento foi graduado.
Se a temperatura for inferior ou superior a 20°C, deve-se efetuar correções sobre as indicações do alcoômetro em função da temperatura.
GAY- LUSSAC ( GL% volumes) = Unidade que determina a quantidade de álcool etílico, em mililitros, contido em 100 ml de uma mistura hidroalcoólico.




DETERMINAÇÃO E GRAU ALCOÓLICO


- Transferir o álcool etílico a ser analisado para recipiente volumétrico adequado;
- Deixar o álcool etílico permanecer em repouso até eliminação das bolhas;
- Determinar a temperatura do álcool com o auxílio do termômetro;
- Emergir no líquido, o alcoômetro limpo e seco, previamente embebido no álcool etílico em ensaio;
-Alcoômetro deve flutuar livremente, sem encostrar no fundo ou aderir as paredes.
- Com a posição equilíbrio verificar o ponto afloramento da parte inferior do menisco. A leitura determina o gral alcoólico contido na amostra em centésimos e volume.
- Consultar a tabela de força real dos líquidos para proceder a correção da leitura em função da temperatura.
O alcoômetro centesimal calibrada a 20°C.







SOLUÇÕES

DISSOLUÇÕES


Diluir uma solução: consiste em adicionar a ela uma porção do solvente puro


C  =   _M_
            V


1º Exemplo:
1:2 = Uma parte do soluto para Um do solvente


1ml de soluto     = 1ml     +    1 ml


2º Exemplo:
Diluição por partes = Misturar  partes de solução 1, com uma parte da solução 2.


5 ml   +   1ml
2,5 ml +  0,5 ml
10 ml  +  2 ml


3º Exemplo:
qsp: (quantidade suficiente para) = Diluir a solução utilizando 1 ml do reagente x,  qsp = 10 ml


1 ml  +  9 ml   = 10 ml
1g  +\-  10ml  = 10 ml

4º Exemplo:
Diluição seriada = 1:2 -  5 partes de concentração 1 ml


• Colocar os tubos numerados (1 a 5) em seqüência em uma estante ou suporte;
• Utilizando uma pipeta adicionar em todos os tubos um volume de 2  μl da solução
diluente;
• Utilizando uma pipeta adicionar no primeiro tubo 2 μl da solução estoque;
• Homogeneizar bem a solução do tubo 1 e transferir  2 μl desta solução para o tubo 2,
homogeneizar bem e transferir 2 μl desta solução para o tubo 3. Repetir este procedimento
até o tubo de número 5.









INSTRUMENTAÇÃO I

DESCARTE MATERIAIS

GRUPO A: Risco infecção.
GRUPO B: Substâncias químicas com risco à saúde pública e ao meio ambiente.
GRUPO C: Radionucleotídeo.
GRUPO D: Sem risco (equiparados dos resíduos)
GRUPO E: Perfurocortantes

SEGURANÇA NO LABORATÓRIO

Um laboratório é um local de trabalho com potenciais riscos de acidente, dado que se manipulam substâncias com perigosidade considerável, que se indevidamente utilizadas, podem causar danos graves de grandes repercussões.
Existem regras básicas, que se impõem a quem trabalha neste meio, nomeadamente o uso de equipamentos de proteção individual. A bata branca de algodão é um instrumento obrigatório, dada à sua reduzida inflamabilidade. O uso de luvas e óculos também é fundamental. Estar num laboratório sozinho não é aconselhado, pois em caso de acidente, ninguém poderá socorrer.
Porém, a lista de cuidados é muito mais vasta e todos eles carecem de uma atenção especial da parte dos técnicos e todos aqueles que entrem num laboratório :
  • não usar anéis ou pulseiras : manuseio de produtos químicos, podem deixar resíduos que não devem entrar em contato com a pele. Além de que se tornam incómodos na manipulação de materiais diversos.
  • cabelos quando compridos devem estar presos : podem entrar em contato com produtos químicos, fogo, ou dificultar a observação uma vez que limita o campo de visão.
  • Atenção ao calçado : não se deve usar ténis de lona, sandálias ou sapatos de salto alto. O uso de calças é favorável em relação às saias. Não usar meias de nylon.
  • Nunca se deve esfregar os olhos nem se deve tocar na pele com as luvas, pois estas contêm resíduos tóxicos e perigosos.
  • Sempre que se sair de um laboratório deve-se lavar as mãos, para evitar contaminações.
  • Nunca se deve pipetar líquidos com a boca, mas usar os meios adequados à medição do liquido.
  • Deve-se analisar/testar sempre os equipamentos e materiais que se vão usar. Verificar o funcionamento e vedagem das ampolas de decantação antes de começar a trabalhar. Fazer as montagens de material de modo a que não haja tensão entre as várias peças de vidro.
  • Não se pode comer, beber ou fumar num laboratório.
  • Deve existir sistemas de ventilação, para evitar temperaturas altas e propicias a riscos de incêndio/explosão.
  • Manipulação de reagentes com tendência a formar vapor tóxico e irritante deve ser efetuada na capela
  • Tapar sempre os frascos de reagentes e arrumá-los uma vez usados.
  • Não acumular material sujo em cima da bancada, lavar após o uso.
  • Recolher vidro partido em um recipiente adequado. Os cacos grandes são apanhados com pá e escova e os pequenos com algodão umedecido.
  • Ao diluir um ácido em água verter lentamente o ácido na água e não o inverso.
  • Rotular todos os recipientes.
O laboratório deve estar devidamente sinalizado, com mapa geral e plano de emergência interno. A indicação de localização de extintores, chuveiro, balde de areia, saídas, quadro de electricidade e torneiras de segurança é obrigatória, e deve ser do conhecimento de todos os técnicos.


MATERIAIS:

PIPETA GRADUADA: Medir volumes pequenos e variáveis. Possui precisão superior a proveta. 


PIPETA VOLUMÉTRICA: Mede e transfere volumes fixos de líquidos. Possui grande precisão e exatidão.


VIDRO DE RELÓGIO: Análises e evaporações, não pode ser aquecida diretamente na chama.
ALMOFARIZ COM PISTILO: Trituração e evaporação.

CADINHO: Aquecer substâncias

TELA DE AMIANTO: É um traçado de fios de ferro, tendo um material central apropriado para o aquecimento.


PINÇA DE MADEIRA: Segurar tubos de ensaio durante aquecimento no bico de Bunsen.

DESSECADOR: Usado para guardar substâncias em ambientes contendo pouco teor de umidade.

BALÃO DE FUNDO CHATO: Usado para aquecer e preparar soluções e reações com desprendimento de gases.


BALÃO VOLUMÉTRICO: Para preparar volumes de soluções com maior precisão.


BÉQUER: Preparo de soluções (medir volumes aproximados), aquecimento de líquidos e reações de precipitações.

ENLIEMEYER: Titulação, aquecimento, preparar e guardar soluções.
PROVETA: Medir volumes (intermediários ao Béquer - Pipeta)

TUBO DE ENSAIO: Reações, diluições em pequena escala.

BURETA: Análises volumétricas para dispensar líquidos.

BALÃO DE FUNDO REDONDO: Uso semelhante ao balão de fundo chato, porém mais apropriado aos processos de destilação.


CONDENSADOR: Condensar gases na destilação.


KITASSATO: Usado no processo de filtração à vácuo.

FUNIL DE VIDRO: Usado para transferências de líquido e filtrações.


FUNIL DE DECANTAÇÃO OU FUNIL DE BROMO: Separar líquidos imiscíveis.


PLACA DE PETRI: Usada para cultura de microorganismos e outras utilidades.

BICO DE BUNSEN: Bico de gás, usado para o aquecimento de materiais não inflamáveis.


SUPORTE UNIVERSAL: Quando provido de garras, é usado como suporte de uma grande variedade de aparelhos, como bureta, balão, funil etc.


PISSETA: Usado para lavagens, remoção de precipitados e outros fins.


TRIPÉ DE FERRO: Usado para sustentar a tela de amianto e para equipamentos que são colocados sobre ela.


GARRAS: Servem para montagem e sustentação dos aparelhos de laboratório.


ESTANTE PARA TUBO DE ENSAIO: Colocação dos tubos de ensaio.


PERA PIPETADORA: Destinada ao enchimento e esvaziamento de pipetas, em que uma das válvulas serve para esvaziar o bolbo de ar, outra serve para aspirar o líquido e a última para esvaziar a pipeta.


PIPETADOR: